O seu nome verdadeiro era Hippolyte Léon Denizard Rivail, e ele foi um ilustre professor, na cidade de Paris, na França.
Hippolyte nasceu no dia 3 de outubro de 1804, mesmo ano em que Napoleão Bonaparte colocou sobre a própria cabeça a coroa de imperador francês.
Vinha de uma família de magistrados, isto é, juízes, que moravam na cidade de Lyon.
Muito jovem, Hippolyte foi inscrito na célebre escola de um dos maiores pedagogos da História humana: Pestalozzi.
Hipollyte conquistou o afeto e a confiança de seu mestre, a ponto de auxiliá-lo com classes mais novas na escola de Yverdun, na Suíça.
Depois desse convívio, naturalmente despontou a aptidão incomum para o ensino e assim Hippolyte construiu sua vida.
Era professor de matemática, francês, química, física, possuindo conhecimento de outras línguas, como o alemão. Escreveu vários livros relativos ao ensino, tendo recebido prêmios importantes por suas criações literárias.
Em 1831, aos vinte e sete anos, casou-se com uma mulher nove anos mais velha, Amélie Gabrielle Boudet, também professora e poetisa, que o acompanhou para o resto de sua vida.
Hipollyte era, assim, muito conhecido e respeitado.
Por volta de 1854, ouviu falar do fenômeno das mesas girantes, moda muito comum, nos salões de festa da Europa, num tempo em que não havia rádio, TV e cinema.
Não levou a sério a descrição de um amigo que se deslumbrara ao ver as mesas se moverem sozinhas e se comunicarem.
Aproximadamente um ano depois, Hippolyte resolveu avaliar o fenômeno, já que era interessado em magnetismo.
Sua argúcia, entretanto, o fez perceber, onde a grande maioria via apenas uma diversão, um intrigante fato natural.
Após árduos estudos, Hippolyte recebeu a resposta por meio de comunicação pela mesa:Somos as almas dos homens que vivemos na Terra...
Em 18 de abril de 1857, ele lançou O livro dos Espíritos, com as respostas a um grande número de perguntas que haviam sido formuladas aos Espíritos.
Para que a sua notoriedade não se impusesse sobre um trabalho que não julgava seu, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, dando um grande exemplo de humildade, pois o livro se tornou um best-seller da época.
A Humanidade deve muito a esse homem, que retirou a religião do domínio dos dogmas, racionalizando a fé e dando provas incontestáveis da realidade da vida após a vida.
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