Há muito tempo eu escrevi um artigo sobre o carnaval, publicado no Portal Garanhuns Espírita, e tem um trecho onde afirmo: “Ainda bem que nenhuma escola de samba resolveu "homenagear" algum personagem Espírita. Seria muito estranho ver alguém seminu "dançando" em "homenagem" a André Luiz, Emmanuel, Bezerra, Sheila ou Chico Xavier”. Eis o artigo na íntegra:
O Carnaval está chegando, e com ele, o Reinado de Momo, da folia, da liberdade, ou seria, libertinagem?
A cultura é algo que faz e deve sempre fazer parte de nossas vidas, porque é uma das marcas dos povos... ouvir um bom samba, um eletrizante frevo, um emocionante maracatu, caboclinhos, e outros ritmos de nossa riquíssima cultura popular, é saudável...
O que queremos questionar aqui é a cultura de libertinagem do Carnaval! Três dias onde aqueles que "brincam" se vêem livres para fazerem tudo o que der na cabeça...
Sexo desregrado, drogas, bebidas, confusões, obsessões... tudo isto ocorre neste período onde a criatura humana abdica de sua razão.
Antes que alguém grite: santos? não! Não falamos aqui de santidade, até porque não somos santos! Falamos de coerência. E, neste aspecto perguntamos: qual deve ser a atitude do Espírita e do médium, acima de tudo, diante deste período?
Quem haja estudado com calma os livros de André Luiz, Bezerra de Menezes, Ivone Pereira e outros autores, saberá à saciedade qual a influência nefasta que ocorre durante os três dias de loucura generalizada.
O povo tem o direito de se divertir sim, mas o povo ainda não sabe, ou não quer saber, do aspecto espiritual da vida... das consequências de todas as nossas palavras, pensamentos e atos nesta vida, refletidos na outra.
Sim, o Carnaval é uma bela festa, mas já foi o tempo do confete e da serpentina; hoje é o loló, o crack, a maconha e todas as drogas alucinógenas que se podem usar nas festas na rua, e diante de todas as autoridades, que nada podem fazer diante da multidão de loucos.
O médium Espírita deverá ter a consciência de suas responsabilidades perante a vida e seu compromisso mediúnico, além do que, sua capacidade psíquica sofrerá sim a influência da legião de entidades libertinas, perversas, do mais baixo nível que se juntam às pessoas, em suas "macaquices" momescas!
Se partirmos para os "clubes fechados", aí então a situação é mais grave: orgias, orgias e orgias... parece a revivescência das festas nos jardins palacianos de Caligula!
Certo dia, há mais ou menos dez anos, estávamos em um encontro de jovens em determinada cidade fora de Pernambuco, quando ouvíamos um jovem Espírita que nos dizia que todo ano saía no bloco das virgens(?) e usava aquele "fio dental" da moda... contava ele que, ao passar na avenida de sua cidade, encontrou alguns evangelizandos seus do Centro Espírita... e ainda acenou para eles dizendo: - olha o tio aqui! - Bom, se o tio pode...
Precisamos ter a consciência que as festas de Momo não trazem nada, absolutamente nada de bom para ninguém, no aspecto espiritual da vida. Mas quem quer saber do "aspecto espiritual da vida"?
Ainda bem que nenhuma escola de samba resolveu "homenagear" algum personagem Espírita. Seria muito estranho ver alguém seminu "dançando" em "homenagem" a André Luiz, Emmanuel, Bezerra, Sheila ou Chico Xavier.
Meus amigos, nada temos contra o Carnaval, sob o ponto de vista cultural, mas o que há de mais belo nas Escolas de Samba? as mulheres nuas, os homens nus ou o mestre-sala e a porta-bandeira, dignamente vestidos, fazendo evoluções para o povo? Estes sim, merecem o nosso aplauso!
Agora uma questão para medir nossa sinceridade em relação ao Evangelho de Jesus e o Carnaval: se Jesus aparecesse em plena segunda feira de carnaval e chamasse o povo para seguir seu Evangelho, qual seria a nossa resposta? Ou será que alguém AINDA PENSA que nos planos Espirituais Superiores existe Carnaval???
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